sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

FAXINA POLÍTICA

Domingo, Janeiro 01, 2006


FAXINA POLÍTICA





por Paulo David.


Último dia do ano de 2005. Estou cansado. Todos estamos cansados. Existe um fragor de batalha no ar, um prenúncio de guerra, de desamor. A gente sente.

Violência na cidade e nos campos, no Brasil e no mundo, e a fome crescente, a miséria presente, e as balas perdidas que encontram corpos inocentes de velhos ou meninos (e o que importa, se espírito não tem idade?), enquanto a maioria perdida ou revoltada, não sabe o que fazer.

Dá uma tristeza danada ver tanta corrupção, e essas gangues todas por aí, de jovens, quase meninos, bailando com a morte, enquanto nossos governos desgovernados e nossos políticos em sua maioria apodrecidos, não são denunciados de forma veemente e imparcial pela mídia.

Bem que a mídia poderia ajudar não fosse ela, também, parte integrante do poder desintegrante que está abatendo nossa juventude e seus sonhos, camuflando a verdade intemporal que é a ausência de Justiça Social, que torna mais ricos os ricos e mais miseráveis os desvalidos. Pior! Essa mídia que aí está se serve da violência para vender e enganar. Vender seus espaços publicitários, em suas emissoras de rádio ou televisão, vendendo suas revistas e jornais, não se importando com a tinta que usam em suas rotativas: o sangue de nossos filhos, a vida de nossa gente e os sonhos que carregamos em nós.

Que espécie de lógica move uma pessoa que defende a justiça com as próprias mãos, a pena de morte? Respondo: a justiça dos insanos, dos desumanos ou dos animais. Qualquer que seja a morte que se deseje ao outro: é insano ou desumano, se vem do homem; ou animal, se em virtude da natureza, da cadeia alimentar. Quando o homem se regula por essa (i)lógica de matar quem mata, sob qualquer pretexto, e não é doente, não é insano, é apenas uma sombra do que deveria ser.

Como já se disse na história: “Olho por olho e ficaremos todos cegos”. Se o homem era capaz de se conduzir conforme o direito quando matou: aquele fato é típico, antijurídico e culpável, logo: é punível. Se não era, é impunível e ao mesmo se aplica a medida de segurança (desde 1984 acabou o duplo-binário: pena + medida de segurança, sendo que a medida de segurança, o tratamento, e de forma bizarra só ocorria após o cumprimento da pena). De lá para cá: só se aplica um dos dois.

Mas a Pena de Morte é inumana e não natural. Não importa se o homicida matou um ou mil: não pode um ser humano nivelar-se ao mesmo com a pseudo legitimação do assassinato estatal.

Muitos consideram a “pena capital” como justa “para o homicida reincidente sem atenuantes”, e não precisa “de estudos científicos para provar isso”, parabéns!

Mas eu preciso: a humanidade precisa. Em todos os setores humanos. Aliás, até nos setores não humanos.

Quem prescinde da ciência relações conflitivas do homem: é apenas um desumano. Que em nada difere dos que mataram Tim Lopes ou outros fuzilamentos através do cano das pistolas de nossa despreparada polícia.

E nós, que amamos a Vida e o ser humano. E nós que não perdemos a razão nem a esperança. Nós não nos vamos deixar enganar e em 2006 não reelegeremos nem 10% dos políticos que aí estão!

Temos que acabar com o político profissional! Que os jovens se lancem na política! Que os jovens através do voto, também mudem a política mudando mandando ao limbo a maioria dessa quadrilha que há décadas nos assaltam sonhos e esperanças!

Não permitamos com que a mídia nos tanja como gado! Basta o que fizeram até agora, no ilusionismo que só interessa aos poderosos que a dirigem.

Desviam nosso olhar para homicídios, roubos, rebeliões, estupros, etc., quando na verdade todos os efeitos de todos os crimes cometidos em 2005, para a sociedade, para a justiça social, não representam nada diante de apenas um dos escândalos que nosso povo tem visto e sido vitimado nas últimas décadas.

De PAULO CÉSAR FARIA ao VALERIODUTO (esse dos dias de hoje mas que operava este esquema de corrupção desde 1997, num esquema de caixa 2 montado para beneficiar, em 1998, o então candidato a reeleição ao governo de Minas Gerais, EDUARDO AZEREDO, hoje senador da República pelo PSDB), passando pela SUDENE, SIVAM, PROER, PASTA-ROSA, PRECATÓRIOS, PRIVATIZAÇÃO DA TELEBRÁS, TRT de São Paulo, o DOSSIÊ CAYMAN, bancos MARKA e FONTE CIDAM, durante o governo FHC. Ou seja: desde a entrega para o poder civil, mais de 78% do patrimônio público, do erário, foi entregue ao capital estrangeiro e parcela dele para o bolso dos corruptos de nossa política nacional.

Isso que falei, não é 20% dos desvios de verba pública que vivemos nos últimos vinte anos e, mais de 80% desse desvio ocorreu antes do governo que aí está, o de Lula. O VALERIODUTO é nada diante de tudo que fazem historicamente com o povo brasileiro.

Não é uma defesa de LULA que estou fazendo, ou do PT. Apenas citei nomes de escândalos que todos nós conhecemos mas que muitos não percebem que o efeito deles é pior que todos os crimes cometidos por criminosos comuns, “esses bárbaros”, para quem volta e meia um político desses ou um governante cretino que se vê balançado, para desviar a atenção do povo, vai clamando por “leis mais severas” ou pela “pena de morte”, que, como se sabe, são leis que nada resolvem vez que não se faz distribuição de renda com o direito penal, e a clientela do direito penal e dessas penas mais horrorizantes, como também é sabido, é composta pelo conjunto social chamado de “três pés”: o preto, o pobre e a puta. O resto é conversa para boi dormir.


Nunca nos vimos mas nossa essência se conhece e se irmana na existência da Vida, que, mágica, se espalha pelo ar trazendo o som do tempo, onde, nele, reconhecemos nossa voz mesmo sem jamais termos ouvido. Isso nos conforta a alma que começa e termina onde inicia e finda a eternidade, onde todos somos UM. Assim não há distância, não há o longe ou o perto, nem o amanhã ou o ontem. E como a Vida quer assim: nunca estamos só!

Nós fazemos bem uns aos outros quando não fazemos mal; mas fazemos um enorme bem à Vida quando fazemos bem uns aos outros. Você também é assim. Por isso somos amados pela Vida.

Estudem o perfil de cada candidato. Candidate-se!

E não percam a esperança: pelo Amor e pela Vida, nosso voto em 2006 mudará o Brasil!

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