terça-feira, 30 de março de 2010

Frases alvinegras: A Crônica do Pereirão


O Glorioso, cada vez mais


C.Pereira*


Neste começo de ano – 2010 parece mudar muito o Botafogo em relação ao ano passado – recolho, não ao acaso, algumas frases de livros que, direta ou indiretamente, falam sobre o Glorioso Botafogo de Futebol e Regatas, “campeão desde 1907” e as passo aos inúmeros botafoguenses que diariamente entram nesta página para saber das novidades do seu clube de coração.

De Sandra Moreyra, na orelha do livro “Nilton Santos, minha bola, minha vida” : Não sou uma jornalista de esportes. Sou uma botafoguense.”

De Armando Nogueira, no prefácio do mesmo livro: “Com o tempo, tornei-me jornalista. Já não podia mais viver o deslumbramento de simples torcedor (do Botafogo). Escrever o prefácio deste livro é apenas a extensão de um privilégio que a vida me concedeu.”

De Paulo Mendes Campos, no seu livro “O gol é necessário”: “O Botafogo é mais abstrato do que concreto; tem folhas-secas; alterna o fervor com a indolência; às vezes, estranhamente, sai de uma derrota feia, mais orgulhoso e mais botafogo do que se houvesse vencido. Enfim, o Botafogo é um tanto tantã. E a insígnia do meu coração é também uma estrela solitária.”

De Lúcio Rangel: “Sabe de uma coisa? Eu não gosto de futebol, gosto é do Botafogo”.

De Mário Filho: “Não há clube de mais sensibilidade à flor da pele, com mais orgulho de Grande de Espanha do que o Botafogo.”

De Armando Nogueira: “Botafogo é bem mais que um clube – é uma predestinação celestial.”

De Nelson Rodrigues: “O Botafogo é o clube mais passional, mais siciliano, mais calabrês do futebol brasileiro.”

De Vinicius de Moraes: “ No Rio, a formação da identidade passa, também, pela eleição de um time de futebol. O poeta, fiel à sua infância, escolhe o Botafogo. Não freqüenta os estádios. Não lê o noticiário esportivo. Não ouve as transmissões pelo rádio. Mas, se perguntam seu time, afirma: “Botafogo”.Não se trata de uma paixão, mas de uma senha para a cidadania.”

De C.Pereira ( O Pereirão) : “Paixão da minha vida desde que me entendi de gente, o Glorioso de General Severiano, o querido Botafogo de Futebol e Regatas, é uma das razões do meu existir. Por ele, até morrer, me alegrarei nas vitórias e chorarei suas derrotas. Esse amor é eterno”.


*C.Pereira é jornalista e alvinegro, não necessariamente nessa ordem


Fonte: Blog Fogo Eterno

quinta-feira, 25 de março de 2010

Saudade


Saudade


Por José Antônio Oliveira de Resende

Sou do tempo em que ainda se faziam visitas. Lembro-me de minha mãe mandando a gente caprichar no banho porque a família toda iria visitar algum conhecido. Íamos todos juntos, família grande, todo mundo a pé. Geralmente, à noite.

Ninguém avisava nada, o costume era chegar de pára-quedas mesmo. E os donos da casa recebiam alegres a visita. Aos poucos, os moradores iam se apresentando, um por um.

– Olha o compadre aqui, garoto! Cumprimenta a comadre.

E o garoto apertava a mão do meu pai, da minha mãe, a minha mão e a mão dos meus irmãos. Aí chegava outro menino. Repetia-se toda a diplomacia.

– Mas vamos nos assentar, gente. Que surpresa agradável!
A conversa rolava solta na sala. Meu pai conversando com o compadre e minha mãe de papo com a comadre. Eu e meus irmãos ficávamos assentados todos num mesmo sofá, entreolhando-nos e olhando a casa do tal compadre. Retratos na parede, duas imagens de santos numa cantoneira, flores na mesinha de centro… casa singela e acolhedora. A nossa também era assim.

Também eram assim as visitas, singelas e acolhedoras. Tão acolhedoras que era também costume servir um bom café aos visitantes. Como um anjo benfazejo, surgia alguém lá da cozinha – geralmente uma das filhas – e dizia:

– Gente, vem aqui pra dentro que o café está na mesa.
Tratava-se de uma metonímia gastronômica. O café era apenas uma parte: pães, bolo, broas, queijo fresco, manteiga, biscoitos, leite… tudo sobre a mesa.

Juntava todo mundo e as piadas pipocavam. As gargalhadas também. Pra que televisão? Pra que rua? Pra que droga? A vida estava ali, no riso, no café, na conversa, no abraço, na esperança… Era a vida respingando eternidade nos momentos que acabam…. era a vida transbordando simplicidade, alegria e amizade…

Quando saíamos, os donos da casa ficavam à porta até que virássemos a esquina. Ainda nos acenávamos. E voltávamos para casa, caminhada muitas vezes longa, sem carro, mas com o coração aquecido pela ternura e pela acolhida. Era assim também lá em casa. Recebíamos as visitas com o coração em festa.. A mesma alegria se repetia. Quando iam embora, também ficávamos, a família toda, à porta. Olhávamos, olhávamos… até que sumissem no horizonte da noite.

O tempo passou e me formei em solidão. Tive bons professores: televisão, vídeo, DVD, e-mail… Cada um na sua e ninguém na de ninguém. Não se recebe mais em casa. Agora a gente combina encontros com os amigos fora de casa:

– Vamos marcar uma saída!… – ninguém quer entrar mais.
Assim, as casas vão se transformando em túmulos sem epitáfios, que escondem mortos anônimos e possibilidades enterradas. Cemitério urbano, onde perambulam zumbis e fantasmas mais assustados que assustadores.

Casas trancadas.. Pra que abrir? O ladrão pode entrar e roubar a lembrança do café, dos pães, do bolo, das broas, do queijo fresco, da manteiga, dos biscoitos do leite…

Que saudade do compadre e da comadre!


*José Antônio Oliveira de Resende, professor do Departamento de Letras, Artes e Cultura da Universidade de São João Del-Rei.

terça-feira, 23 de março de 2010

"Pulhas, Párias e Pátrias", uma visão realista das drogas e do tráfico





Pulhas, Párias e Pátrias


Por Walter Hupsel


O filme “Tropa de Elite” mostrou e divulgou o argumento chavão de que o consumo de drogas é o responsável pelo tráfico e, em última instância, podemos botar na conta do playboy que fuma um baseado ou manda umas gramas de pó nariz adentro todas as mortes nos morros do Rio de Janeiro ou na periferia de uma grande cidade. Não basta o consumidor estar já nas margens da sociedade, ele é um assassino, segundo o mantra repetido à exaustão.

Esta culpa pelas AKs-47 não resiste a um mínimo de reflexão. É puro conservadorismo daqueles que não entendem ou mesmo suportam prazeres alheios. Isso fica muito claro nas recentes discussões sobre uso medicinal da maconha, que encontra defensores dentre os detratores do seu uso lúdico. Ancorado na autoridade médica, o uso de drogas é permitido; para simples recreação, a mesma droga é banida, é a encarnação do mal.

O problema, assim exposto, não é o uso delas, mas o “porquê” do uso. Se o uso é recreativo então a culpa pela violência urbana, toda ela, é do consumidor afinal “é ele quem sustenta o tráfico”.

É bastante óbvio que quem sustenta o tráfico, entendido como o comércio de uma substância ilegal, é a proibição e, como mostrarei em próximo texto, quem sustenta a proibição é o conservadorismo. Assim, se tem algum culpado pelas mortes, pelas armas, pelas balas perdidas que alvejam pais de família, são aqueles que defendem a proibição.

Como disse na coluna anterior, até o século 19 era liberado o consumo de qualquer substância, de maconha ao ópio, sem que o Estado interferisse nesta esfera de escolha. Mas no fim daquele século começaram a aparecer nos EUA grupos puritanos que associavam o consumo do álcool a lascívia e falta de freios morais dos indivíduos.

Esses grupos puritanos conseguiram, em pouco mais de 30 anos, levar suas reivindicações ao Congresso dos EUA, e em 1919 foi aprovada a lei que pretendia banir o álcool da boa sociedade estadunidense. Pautada em discussões científicas, de caráter médico, o Estado encontrava a desculpa perfeita para expandir seus poderes sobre o indivíduo e aumentar sua burocracia de controle, seus Eliot Nesses.

Depois de aprovada a “lei seca”, inúmeros cargos e órgãos foram criados para atingir a proposta de proibir e banir a bebida. Como sabemos pelos filmes de Al Capone, das Tommy guns, a proibição foi exitosa, mas não o banimento. Uma imensa estrutura criminosa foi formada, destilarias de fundo de quintal foram criadas, a máfia que controlava a distribuição da bebida se infiltrou no aparato do Estado e a corrupção cresceu exponencialmente. Os crimes, os assassinatos, tomaram Chicago de assalto.

O álcool continuava a ser consumido, só que agora, em nome da saúde pública, as pessoas realmente se contaminavam devido à péssima qualidade das bebidas saídas das destilarias clandestinas.

A partir daí, mesmo com o fracasso retumbante da tentativa do banimento do álcool, a política externa dos EUA levou a cabo o objetivo de expandir o combate às drogas no mundo todo, nas conferencias e congressos dos Organismos Multilaterais, dentre os quais a ONU. Assim, a agenda de proibição das drogas sai da esfera doméstica do EUA e passa a fazer parte da agenda internacional.

O que era comércio vira tráfico, o que era empresa se torna crime internacional associado a uma dezena de outros crimes. Desde o início, já estava desenhado o problema que viria acometer o mundo: a conceituação de “droga” e sua íntima relação à geopolítica mundial. De um lado, o “saber médico”, encarnado nas grandes indústrias da química sediadas no mundo desenvolvido; de outro, os países produtores das drogas ilícitas, quase sempre aqueles que representam um mundo “externo”, países pobres com grandes áreas de cultivo dos insumos necessários à produção das drogas proibidas. Que os próprios EUA fossem, na verdade, sede dos psicoativos legais e produtor de drogas ilícitas, é um fato que merece o proposital esquecimento.

Habilmente, a questão recolocada nestes termos aparece como problema de segurança nacional e, mais que nunca, se torna verdadeira a expressão “guerra às drogas” no seu sentido mais clássico. Há uma identificação de uma ameaça externa ao bom viver das sociedades civilizadas, representada por um inimigo externo que seduz, vicia e corrompe os valores tradicionais.

Está feita a ligação entre consumo-vítima e produção-crime. A partir desse prisma, sob a ótima das relações internacionais, existem os países párias, o “eixo-do-mal”, e a vítima indefesa, sediada em Wall Street ou nas colinas de São Francisco. A política externa dos EUA, livres da ameaça soviética, pode ser reorientada para o combate às drogas, para o combate aos países párias.

A invasão do Panamá e, posteriormente, o Plano Colômbia se encaixam nesta mudança de atitude, neste novo foco da divisão do mundo entre produtor e consumidor. De posse da legitimidade alcançada pelo conceito de saúde pública e de ameaça externa, o mundo passa a ser separado entre os países bons, vítimas, e países maus, que produzem.

Que o narcotráfico seja um dos maiores problemas a serem enfrentados nas relações internacionais, não paira nenhuma dúvida. Que ele gera violência, assassinatos, tráfico de armas e instaura o “terror” nas comunidades, também não se questiona. Entretanto, é muito importante a análise do seu desenvolvimento, mostrar como se tornou matéria de política externa e foi usado com propósitos outros sob o rótulo de “guerra às drogas”, sob a argumentação da existência de um mal externo.


Fonte: Yahoo Notícias

segunda-feira, 22 de março de 2010

Nova UPP no Morro da Providência, sem tiroreios a Policia Militar já se encontra na comunidade



(Faixas como essa, nunca mais)


Moradores aprovam UPP na Providência, mas têm receio da volta de traficantes


Segundo IBGE, mais de 130 mil pessoas vivem na comunidade da Gamboa. Escolas, creches e comércio funcionam normalmente nesta segunda (22).


Moradores e comerciantes do Morro da Providência, no Centro do Rio, aprovam a ocupação da comunidade pela polícia, na nova Unidade de Polícia Pacificadora. A maioria tem esperança de dias melhores, mas com medo do que já viveram, ainda têm receio de conversar abertamente sobre a situação na favela.

Veja o vídeo do RJTV

“Moro na Providência há 40 anos e tenho um filho com Síndome de Down. No final do ano, as trocas de tiros eram intensas e eu quase não conseguia sair de casa para levá-lo à escola. Espero que a UPP tenha vindo para ficar”, contou uma mulher, de 57 anos, que, com medo, não quis se identificar.

Nascida e criada no morro, uma aposentada de 69 anos, que também prefere permanecer incógnita, diz que está feliz pelos netos e sobrinhos. “Agora eles vão poder brincar e jogar bola na quadra sem correr risco. Nós também ficaremos mais tranqüilas em casa”.


'Nos sentimos mais seguros', diz morador


Os donos de bares também estão otimistas. “Os policiais entram no estabelecimento para conferir se realmente só tem funcionário e cliente aqui dentro. Estão fazendo o trabalho deles e nós nos sentimos mais seguros”, disse o dono de um bar próximo à quadra da comunidade.

Segundo o último Censo do IBGE realizado no morro, em 2008, cerca de 130 mil pessoas vivem no local. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) ocupou a favela na manhã desta segunda-feira (22). A entrada dos agentes é o primeiro passo para a instalação da sétima Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na cidade.


UPP chega em abril

A nova Unidade de Polícia Pacificadora, no Morro da Providencia será instalada até final de abril, na Gamboa, Centro do Rio, segundo o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Coronel, Paulo Henrique Guimarães.

Para comandar a UPP, o coronel adianta que o escolhido é o capitão Sidney Ferreira, que há cinco meses trabalha na comunidade, no Grupamento de Policiamento em Áreas Especiais (GPAE).

O prédio do GPAE deve servir de base para a instalação da UPP. Ainda de acordo com o comandante do Bope, a ocupação não tem tempo para terminar e conta com 95 homens do Bope e 150 agente do Batalhão de Choque da Polícia MIlitar.


Detidos

A favela foi ocupada pelo Bope na manhã desta segunda-feira (22). Segundo a polícia, não houve troca de tiros e pelo menos quatro pessoas foram detidas.


Liana Leite Do G1, no Rio


Obs. do BLOG: Os traficantes eram os donos da comunidade, reveja clicando AQUI


Fonte: G1

quinta-feira, 18 de março de 2010

Alto-falante do Walmart 'convida' clientes negros a se retirarem de loja em Nova Jersey


Alto-falante do Walmart 'convida' clientes negros a se retirarem de loja em Nova Jersey; empresa pede desculpas


RIO, 18 de março de 2010 - A rede americana de supermercados Walmart pediu desculpas publicamente nesta quinta-feira após a polêmica provocada por um comunicado feito, no domingo, pelos alto-falantes de uma loja de Washington Township, no sul de Nova Jersey, que convidava todas as pessoas negras a deixarem a loja.

Ainda não se sabe se foi um funcionário ou um cidadão qualquer o responsável pelo anúncio no microfone. De acordo com clientes que estavam na loja naquele momento, um gerente dirigiu-se imediatamente ao sistema de comunicação e pediu desculpas pelo ocorrido, mas uma onda de reclamações veio em seguida.

- Eu quero saber porque essas declarações estão sendo feitas, isso vai contra o que ensinamos às nossas crianças sobre tolerância - disse Sheila Ellington, que fazia compras no supermercado quando o polêmico pedido foi feito. - Se isso era para ser uma brincadeira, há apenas uma pessoa rindo, e não é nenhum de nós - acrescentou.

Sheila e a amiga, Patricia Covington, disseram planejar boicotar a loja até estarem certas de que o problema foi solucionado e que não acontecerá novamente. Elas ficaram chocadas ao ouvirem o anúncio e porum breve momento achavam ter entendido errado.

- Eu dependo do Walmart para todas as minhas necessidades, porque a loja tem praticamente tudo que você possa querer. Mas até que essa questão seja resolvida de uma maneira que eu me sinta confortável, não posso passar por aquela porta de novo - disse Patricia.

A direção das lojas Walmart disse que o comunicado feito na loja de Nova Jersey é "inaceitável".

"Estamos tão horrorizados com esse incidente quanto nossos clientes", disse a empresa em um comunicado. "Quem quer que tenha feito isso está simplesmente errado e agiu de maneira inapropriada. Claramente, isso é inaceitável para nós e nossos clientes".

Não é a primeira vez que a rede Walmart enfrenta problemas desse tipo.

Por diversas vezes a empresa foi alvo de críticas por parte de clientes negros, que afirmaram ter sido tratados de forma diferenciada nas lojas. O Walmart também já foi alvo de processos trabalhistas em que funcionários denunciavam a promoção e aumento salarial preferencial de funcionárias mulheres.


Fontes:O Globo e Agências Internacionais

Rio vai às ruas contra decisão criminosa contra o povo carioca e fluminense: 150 mil pessoas debaixo de chuva!


Rio na rua exige fora roubolation e royaltes já

Governador diz que “recado está dado” e aposta que Senado reverterá as perdas

Rio, 18 de março de 2010 - Será difícil para os senadores ignorarem as 150 mil pessoas, segundo a Polícia Militar, que enfrentaram o temporal para protestar contra o assalto aos cofres do Rio. A ameaça de surrupiar R$ 7,32 bilhões do estado e prefeituras configurada pela Emenda Ibsen, do deputado Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), foi rechaçada por multidão animada que tomou todo o Centro do Rio disposta a reverter o ‘roubolation’ dos royalties do petróleo.

Multidão formada por 150 mil pessoas enfrentou chuva pelo Rio | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia

“Estamos defendendo nossos recursos. Acho que o recado está dado e estou muito feliz”, afirmou o governador Sérgio Cabral, durante a manifestação na Cinelândia, após passeata que começou na Candelária. Cabral destacou que senadores do Rio já articulavam a reviravolta. “O Rio nunca reclamou de sermos o segundo estado em arrecadação e o 20º no repasse de verbas federais. O Rio não pode e não vai aceitar essa irresponsabilidade, essa inconstitucionalidade”, completou.


O protesto teve oito trios elétricos e participação de celebridades, atletas, artistas, políticos, empresários, estudantes e trabalhadores. No palanque, o microfone foi só de bandas e cantores. A medida teria sido tomada para evitar complicações com a Justiça Eleitoral. “Essa manifestação é do povo do Rio e a gente vai fazer da maneira mais carioca, com shows e alegria”, afirmou o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que ainda elogiou a disposição dos manifestantes que encararam a chuva.

Veja foto em 360 graus da passeata


DISCUSSÃO ESTÁ COM O SENADO

AfroReggae, Furacão 2000 e outros grupos se revezaram no palco. A expectativa geral é que a demonstração do Rio ecoe no Distrito Federal e pressione os líderes do Senado e o presidente Lula a barrar a emenda aprovada na Câmara dia 10. O texto, que redistribui os valores pagos por quem explora o petróleo entre todos os municípios e estados do País, sem atenção especial a quem produz, ainda será votado no Senado.


A ex-governadora e atual prefeita de Campos, Rosinha Garotinho, levou 10 mil pessoas para a manifestação. Outros prefeitos fluminenses estiveram em peso no ato público. De Rio das Ostras, o prefeito Carlos Augusto Balthazar considerou uma irresponsabilidade do deputado Ibsen dizer que a áreas produtoras têm apenas vista para o mar: “Se houver um vazamento, é lá que vai haver prejuízo”.


No Senado, ou se consegue acordo nos próximos 45 dias, modificando o artigo relativo à Emenda Ibsen no Projeto de Lei 5.938 aprovado pela Câmara, ou se vota a repartição dos royalties do petróleo somente após as eleições. Essas são as duas opções do governo para resolver o imbróglio no Senado. Foi o que afirmou ontem a O DIA o líder do governista na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR). “Tem que diminuir o prejuízo dos produtores. Não se pode retroagir e acabar com o fluxo financeiro que já é realidade para estado e prefeituras. Isso é muito forte”, argumentou.

Acordo sai em 45 dias ou só depois da eleição

Líder do governo no Senado, Romero Jucá revelou que a primeira opção para reduzir as perdas com a Emenda Ibsen é o relator do projeto na Casa fazer um substitutivo, com novas regras de distribuição dos royalties, para ser votado em 45 dias. As bancadas do Rio, São Paulo e Espírito Santo defendem que nas áreas em exploração sejam mantidas as fatias pagas atualmente. Nas do pré-sal, ainda não exploradas, os produtores teriam percentual maior que os demais.

Se não houver acordo, haverá desmembramento do projeto. Nesse caso, o Senado votaria o que veio da Câmara, sem o artigo que trata da Emenda Ibsen. O relator, então, proporia novo projeto sobre os royalties, que seria discutido só após a eleição.

Orçamento do Estado comprometido

O Estado do Rio sofreu uma grande derrota no jogo político sobre o destino dos recursos do pré-sal. Com a aprovação, no último dia 3, na Câmara, do texto-base que capitaliza a Petrobras, boa parte dos recursos que seriam destinados ao estado, graças à participação especial, seguirá diretamente para a estatal. Isso representará perda de R$ 22,9 bilhões para o Rio. O estado continua com direito aos royalties, mas em dinheiro a quantidade equivale a apenas 1/3 do que era recebido com a participação especial.

O conflito teve seu ápice quando o Rio foi surpreendido pela escandalosa votação de 368 votos a 73, com duas abstenções, à Emenda Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), que altera os critérios de pagamento dessas compensações, retirando do estado 97% da arrecadação, comprometendo orçamento, investimentos em segurança, saúde, saneamento, os salários de servidores e até as Olimpíadas de 2016. A partir daí, começou a mobilização contra a redução dos royalties de R$ 7,5 bilhões ano para R$ 223 milhões.

Manifestantes podem ainda assinar o abaixo-assassinado contra a Emenda Ibsen, disponível no

"Assine pelo Rio".

Indignação da população está nas ruas desde a ameaça, revelada por O DIA

A indignação do Estado do Rio de Janeiro com a assustadora proposta de redistribuição do dinheiro dos royalties e das participações especiais da produção de petróleo não começou na semana passada. Desde setembro do ano passado, quando o governo federal apresentou os projetos de lei do novo marco regulatório do pré-sal, O DIA acompanha o debate que polarizou estados e municípios produtores e não produtores.


Fonte: O Dia Online

quarta-feira, 17 de março de 2010

Protesto por royalties reúne políticos do Rio e do Espírito Santo contra o crime contra o Rio


Manifestantes saíram da Candelária em direção à Cinelândia. Milhares de pessoas participam de ato sob chuva.



Debaixo de chuva, milhares de pessoas estão reunidas na Cinelândia, no Centro do Rio, no ato público contra a emenda apresentada pelo deputado Ibsen Pinheiro, que altera as regras de distribuição dos royalties do petróleo.


O protesto reúne políticos do Rio e do Espírito Santo. O governador Sérgio Cabral caminhou ao lado do prefeito Eduardo Paes até o Teatro Municipal. Ele divide o palco com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, o senador Magno Malta (PR-ES) e a prefeita de Campos, Rosinha Matheus.

Entenda a questão dos royalties

A caminhada saiu da Candelária, por volta das 16h40 desta quarta-feira (17). Muitos artistas, como a bailarina Ana Botafogo e a atriz Carla Carmurati, presidente do Theatro Municipal, também participam da caminhada.

Manifestantes participam da manifestação no Rio embaixo de chuva (Foto: Tássia Thum)

Com faixas, cartazes e camisetas, os grupos enfatizavam os protestos, chamando a emenda de injustiça contra o Rio. Muitos manifestantes não se furtaram a fazer perfomances bem humoradas para chamar a atenção do evento.

Foi o caso do vendedor de livros, Alberto Tradesedo, 70 anos, e o taxista Emanuel Alves, 52, vestidos como se fossem “papa” para conceder uma benção ao Rio e fazer com que a emenda não seja aprovada pelo Senado e receba o veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Emanuel, para reforçar seu pedido, ainda segurava um galho de arruda. “É para afastar o mau olhado e os políticos invejosos que criam emendas desfavoráveis para o Rio”, disse.

Foto: Celso Pupo/Foto Arena/AE

Manifestantes participam de caminhada no Centro do Rio contra a mudança na divisão dos royalties (Foto: Celso Pupo/Foto Arena/AE)

A manifestação reúne artistas, estudantes, trabalhadores e muitos políticos. O governador Sérgio Cabral vai participar do ato público em um palco montado na Cinelândia, ao fim da caminhada.

A secretária municipal de Cultura, Jandira Feghali, disse acreditar que o protesto pode ajudar a convencer os senadores a vetar as mudanças na partilha dos royalties. Já o deputado Roberto Dinamite considerou a emenda Ibsen “um absurdo, insensata e impensada”.

Vestido de papa, manifestante foi à caminhada para 'benzer' o Rio (Foto: Tássia Thum)

“O estado do Rio não pode ser o maior prejudicado. Queremos dividir, sim, mas não podemos ser o mais prejudicado”, disse.

Já o deputado Alessandro Molon, também presente na manifestação, afirmou que o ato deveria ter sido feito antes da apresentação da emenda. Agora, ele espera que a mobilização sirva para convencer os senadores.

“É importantíssimo esse ato de união entre governos, prefeitura, trabalhadores, donas de casa e estudantes”, disse Molon, que preferiu não entrar no cercado organizado para autoridades.

O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que, apesar de não ser do Rio, ele ama o estado: “A emenda é uma injustiça”.

Já a presidente do Flamengo, Patricia Amorim, afirmou que o clube é a favor do pré-sal e do petróleo: “O Flamengo é um patrimônio do estado, assim como o petróleo”.

Caravanas chegaram no início da tarde

As caravanas começaram a chegar no Centro do Rio no início da tarde desta quarta-feira (17). Manifestantes de vários municípios chegaram para a manifestação, no Centro do Rio, contra as regras de distribuição de petróleo.

Só de Campos do Goytacazes, no Norte Fluminense do estado, vieram três ônibus, que saíram do município ainda de madrugada.

Nem mesmo a forte chuva desanimou os integrantes do grupo, que usavam camisetas, bandeiras e cartazes com os dizeres “Justiça para quem produz”.

“Vamos gritar muito porque nossa cidade é totalmente dependente dos royalties do petróleo. Não podemos nos transformar numa Serra Pelada”, disse Levir Nascimento, um dos organizadores da caravana que saiu de Campos.

Manifestantes chegaram em caravanas de Campos (Foto: Tássia Thum)

200 ônibus
Pelo menos 12 mil manifestantes de municípios vizinhos ao Rio chegaram ao Centro em mais de 200 ônibus.

A passeata seguirá pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, onde haverá um ato público. Um palco montado receberá artistas como Sandra de Sá, Alcione e escolas de samba. A banda do Cordão da Bola preta vai tocar durante o protesto.

Trânsito complicado

A pista lateral da Avenida Presidente Vargas, sentido Centro, foi fechada ao trânsito às 14h, complicando o trânsito nas imediações.

Segundo a Guarda Municipal, o esquema de trânsito começou a ser implantado às 14h. Às 15h, a Avenida Rio Branco foi interditada ao tráfego de veículos no trecho entre a Rua Visconde de Inhaúma e a Avenida Presidente Wilson, assim como o entorno da Candelária e o acesso da Avenida Perimetral para a Avenida Presidente Vargas.

Segundo a CET-Rio, 280 agentes da Guarda Municipal e ainda 50 agentes de tráfego atuam no local.

Foto: Patrícia Kappen/G1

Taxistas do movimento Diárias nunca Mais fazem apitaço no Centro (Foto: Patrícia Kappen/G1)


Estimativa
O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, espera um público de mais de 150 mil pessoas nesta tarde, mas a assessoria do governo não confirma o número.


Patrícia Kappen e Tássia Thum Do G1, no Rio


Fonte G1

CNI/Ibope: diferença entre Dilma e Serra cai de 21 pontos para 5


CNI/Ibope: diferença entre Dilma e Serra cai de 21 pontos para 5



A pré-candidata do PT à Presidência, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, registrou um crescimento nas intenções de voto. Segundo a pesquisa CNI/Ibope, Dilma subiu de 17% na amostra de novembro para 30% no levantamento divulgado nesta quarta-feira, 17. O presidenciável do PSDB, o governador José Serra, registrou queda, passando de 38% no levantamento anterior para 35% na leitura de hoje. Com isso, a diferença entre os dois candidatos caiu para cinco pontos porcentuais.


O levantamento foi feito entre os dias 6 e 10 de março. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos. A pesquisa mostra ainda o deputado federal Ciro Gomes (CE), pré-candidato do PSB, com 11% das intenções de voto e a pré-candidata do PV, a senadora Marina Silva (AC), com 6%. Na pesquisa anterior, divulgada em dezembro, Ciro tinha 13% e Marina, 6%.


Do total de entrevistados (2.002), 10% disseram que vão votar em branco, nulo ou em nenhum dos candidatos e 8% informaram que não sabem ou não responderam à pesquisa. O levantamento mostra ainda que 53% dos entrevistados preferem votar em um candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


No cenário de segundo turno, numa eventual disputa entre Serra e Dilma, o governador paulista lidera com 44% das intenções de voto e a ministra da Casa Civil aparece com 39%. De acordo com o CNI/Ibope, a pré-candidata do PV, Marina Silva, registra o maior índice de rejeição entre os presidenciáveis, com 31%, enquanto o governador paulista tem o menor índice de rejeição, com 25%.


Os demais presidenciáveis aparecem com os seguintes índices de rejeição: Dilma com 27% e Ciro com 28%. Na pesquisa anterior, Dilma tinha a maior rejeição entre os pré-candidatos, com 41%, seguida de Marina, com 40%, Ciro, com 33%, e Serra, com 29%. A pesquisa CNI/Ibope está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob o protocolo nº 5.429/2010.



Cresce avaliação positiva do governo Lula


Pesquisa feita pelo Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), revela que 75% dos entrevistados avaliam como positivo ( ótimo ou bom) o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No levantamento anterior, divulgado em dezembro de 2009, esse percentual era de 72%.


De acordo com a pesquisa apresentada hoje, 83% aprovam a maneira de Lula governar, o mesmo índice registrado há três meses.


A pesquisa também mostra que 77% dos entrevistados têm confiança no presidente, resultado 1 ponto percentual inferior ao verificado em dezembro (78%).


Outro dado do estudo é que 49% consideram o atual mandato de Lula melhor do que o primeiro. Em dezembro, esse percentual era de 46%.


Foram ouvidos 2.002 eleitores de 16 anos ou mais em 140 municípios, no período de 6 a 10 de março.



Fonte: Agência Estado e Agência Brasil



E a caravana, ó!... continua passando!

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