sábado, 28 de novembro de 2015

Sou militante. Defendo o povo e a democracia

Sou militante. Defendo o povo e a democracia.
Talvez a mídia, instrumento da classe dominante, saia vitoriosa nesse embate entre o golpismo e a verdade; talvez grande parte do povo se deixe convencer de que esse instrumento a serviço dos poderosos está combatendo um governo corrupto; talvez ela convença ao povo de que nos governos passados, antes do PT, não havia corrupção como agora; talvez convença aos que não suportam estudar e são despidos de lógica, de que o fato de existir tanta gente presa e tantos escândalos, corruptos e fraudes sendo descobertos, não é porque o governo do PT passou a investigar, ainda que isso atingisse alguns petistas; talvez não lembrem que o chefe dos promotores e procuradores, o Procurador Geral da República era vergonhosamente conhecido como engavetador geral da república justamente porque não mandava investigar nada, deixando na gaveta os indícios de corrupção; talvez nem saibam que no governo petista ficou decidido que o Presidente da República não escolheria um procurador como no passado, mas sim que seria empossado justamente o procurador mais votado em sua própria classe. Mas quando talvez descubram se torne tarde demais, descobrirão que foram enganados, que se deixaram enganar. Nesse momento, por exemplo, como vem de muito tempo, não estão deixando Dilma governar, não votaram o orçamento, como não votam nada que beneficie o povo. Quando não houver nem dinheiro para pagar salários aos funcionários, a mídia dirá: é culpa de Dilma! Eles acreditarão nos veículos da classe dominante e na oposição que serve a essa classe dominante. Mas eu continuarei lutando, eu e uma militância que pensa, que lê e que luta contra a classe dominante desde antes, muito antes que a maioria da população tivesse nascido. E me encontrarão sempre na trincheira em favor do povo. Ainda que no fim, lá só encontrem meu corpo.
Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2015.
Paulo da Vida Athos
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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Jazigo


 
 
 
 
 

Jazigo
 

 
 
 
 
 
 
Sou pedaços de mim
nessas lembranças de nós,
sou cacos do que fomos ontem
que vou tentando juntar
como quebra-cabeças em que tento montar
a imagem do que fomos,
e o perfume que exalamos
do o cheiro de nossa pele,
depois do amor.
 
Sou essa perdição no tempo,
esse desperdício de viver a loucura
da busca insana de um tempo
que já se foi e retorna
apenas em minhas lembranças,
como um delírio,
no qual acaricio e busco
no espelho da memória
os momentos em que fomos um.
 
Rasguei todos os versos
com que te vesti,
até aqueles que não escrevi
e, junto, os teus retratos,
as roupas que espalhastes em minha vida,
em minha sala,
e um a um catei todos os fios
de teus cabelos espalhados e meu caminho,

lançando-os ao vento.
 
Queimei os lençóis que usamos,
e tudo que guardava teu cheiro.
 
Apaguei teus rastros
dos caminhos que caminhamos juntos
como quem atira fora flores mortas,
troquei até as chaves das portas
que que te levavam a mim
na crença de que apagaria da pele
a memória da tua pele.
 
Inútil.
 
Basta chegar a noite e abrir a janela.
 
Teu cheiro entra por ela
junto à brisa e o perfume do jasmim,
trazendo tudo de volta.
 
Seria fácil
se apenas morresse o amor,
desde que ele não ficasse enterrado...
em mim.
 
 
(Paulo da Vida Athos)

domingo, 15 de novembro de 2015

A França não merece perdão

A França não merece perdão.


Em março de 2011 a França uniu-se aos Estados Unidos e ao Reino Unido para intervir na Síria que vivia um conflito doméstico. A este grupo também juntaram-se Israel e Arabia Saudita, que sempre apoiou o intervencionismo norte-americano na região.

De lá para cá esses históricos países imperialistas e colonizadores, me refiro aos EUA e aos europeus, apoiam grupos de mercenarios e terroristas contra o regime de Bashar Al-Assad.

Como resultado as armas fornecidas pelos países ocidentais caíram nas mãos de grupos que depois se voltaram não apenas contra os interesses de Assad, como também dos países da chamada coalizão, e nasceu o ISIS.

Em razão disso milhares de inocentes já morreram na Síria e esse monstro chamado Estado Islâmico, criado por essa prática intervencionista, tomou corpo.

Assim como ocorreu em outras intervenções, como no Irã, Afeganistão, Iraque, além de outros, alguns desses países foram destroçados, tiveram milhares de crianças, jovens e inocentes mortos.

Aviões ou drones da Coalizão despejaram e despejam toneladas de bombas que atingem áreas residenciais, escolas e hospitais, destruindo vidas e cidades inteiras, com a justificativa de sempre: são efeitos colaterais.

O mundo silencia, a mídia silencia.

O que aconteceu na França era previsível e esperado.

Mais de uma centena de inocentes morreram, como morreram, morrem e morrerão ainda, outros milhares de inocentes na Síria e outros países sob intervenção da Coalizão.

Portanto, prantear os inocentes franceses sem fazer o mesmo pelos inocentes mortos pelo terrorismo estatal francês, é ignorar antecedentes históricos.

O terrorismo de Estado da França tem aviões e armamentos sofisticados para assasssinarem criancas e inocentes em território Sírio e outros.

Lamento pelas milhares de vidas inocentes ceifadas pelas armas francesas.

Lamento pela mais de uma centena de vidas inocentes ceifadas no ataque a Paris, essa semana.

A França usa em seu terrorismo as armas que tem; seus inimigos usaram as armas que tinham.

A França é culpada. Historicamente culpada.



Não merece perdão.

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